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Lewandowski nega espionagem russa em larga escala no Brasil

Ministro da Justiça afirma que órgãos de inteligência estão atentos, mas não há indícios de rede organizada de espiões no país

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Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski Foto: Isaac Amorim/MJSP

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou nesta quinta-feira (22) que o Brasil esteja sendo alvo de uma operação de espionagem russa de grandes proporções. Durante entrevista coletiva concedida após a abertura da 4ª Reunião da Interpol para chefes de polícia da América do Sul, ele afirmou que não há evidências de que espiões estrangeiros estejam atuando de forma organizada no país.

“Não há nada de concreto nesse sentido de que há uma ação em larga escala de espiões, sejam da Rússia, sejam de qualquer país. Nossas autoridades, tanto do setor militar quanto do setor policial, mesmo da Abin, estão atentos para isso, estão funcionando regularmente”, declarou Lewandowski.

A fala do ministro vem na esteira de uma reportagem publicada pelo The New York Times, que aponta que o Brasil teria sido usado como base para o treinamento de agentes russos. Segundo o jornal norte-americano, o país estaria servindo como uma “linha de produção de agentes de infiltração profunda”, onde espiões adotariam identidades falsas como cidadãos brasileiros antes de serem enviados para missões em outras nações.

Lewandowski reconheceu a existência de um caso específico relacionado à questão e afirmou que ele já está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Quando o Judiciário decidir, o governo brasileiro tomará a decisão correspondente à decisão do Supremo Tribunal Federal neste caso. Enquanto não houver, digamos assim, uma ação criminosa, não é o caso da Polícia Federal ingressar na questão”, explicou.

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A Polícia Federal desmontou recentemente uma rede de supostos espiões russos que operavam com documentos falsos, o que reacendeu os debates sobre a segurança das fronteiras e o uso do território brasileiro por agentes estrangeiros. Apesar disso, Lewandowski reafirma que não há qualquer operação em larga escala em curso e que o sistema de inteligência brasileiro segue monitorando possíveis ameaças.

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