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Tragédia Animal no RJ: Cavalos morrem após ingerir ração suspeita de contaminação

Mais de 200 cavalos mortos no país; 69 só no estado do Rio de Janeiro. Investigação aponta ração contaminada como possível causa

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Uma tragédia silenciosa vem afetando criadores de cavalos em todo o Brasil e, especialmente, no estado do Rio de Janeiro. O Ministério da Agricultura confirmou que 69 cavalos morreram em território fluminense após consumirem ração suspeita de contaminação. No total, 222 animais morreram em cinco estados brasileiros, acendendo um alerta sanitário nacional.

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Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que ainda apura 195 casos suspeitos em diversas regiões do país. As rações que podem ter causado as mortes foram produzidas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda, com sede em Itumbiara (GO). Segundo o órgão, a primeira denúncia foi feita no dia 26 de maio e, desde então, duas fiscalizações foram realizadas na fábrica.

Durante as inspeções, foram encontradas irregularidades graves, o que motivou a suspensão cautelar de toda a produção da empresa, além da interdição da fábrica e a proibição de comercialização dos produtos. A Nutratta, por sua vez, afirma estar colaborando com as autoridades e que iniciou uma apuração interna rigorosa dos fatos.

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Cenário preocupante no Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro lidera a segunda posição entre os mais afetados, com 69 óbitos confirmados. Diversos criadores relataram casos de cavalos que, após aparentarem sintomas leves, rapidamente evoluíram para insuficiência hepática aguda e morte.

A situação gerou prejuízos incalculáveis para criadores, centros hípicos e amantes do esporte equestre, além de provocar comoção entre veterinários e protetores de animais. Muitos cavalos eram de alto valor genético e utilizados em competições ou terapias assistidas.
Sintomas silenciosos e morte repentina
Segundo técnicos do ministério, o avanço da contaminação é difícil de rastrear porque os sintomas podem surgir dias ou semanas após o fim do uso da ração, o que dificulta a confirmação da causa. A maioria dos casos apresentou quadro de insuficiência hepática, seguido por deterioração clínica rápida e, na maior parte dos casos, morte.

O governo federal destaca que o número de mortes pode ser ainda maior, devido à falta de notificações oficiais via Ouvidoria, o canal formal para esse tipo de denúncia.
Outros estados também foram afetados
Além do Rio de Janeiro, os registros foram:

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São Paulo – 83 mortes
Alagoas – 65 mortes
Goiás – 4 mortes
Minas Gerais – 1 morte

As notificações em investigação abrangem cidades como Jarinu (SP), Santo Antônio do Pinhal (SP), Uberlândia (MG), Guaranésia (MG), Jequeri (MG), Mariana (MG), além de 70 ocorrências em Goiânia (GO) e 40 no sudoeste da Bahia.Em nota publicada nas redes sociais no dia 7 de junho, a Nutratta alegou não haver evidência de contaminação nos produtos voltados à bovinocultura. Já em 19 de junho, a empresa informou que o governo havia determinado o recolhimento de todos os lotes de ração para cavalos fabricados a partir de novembro de 2024.

A Nutratta afirma ter mais de 10 anos de atuação no mercado e declarou “total solidariedade aos criadores afetados”, prometendo seguir todas as determinações legais.

Entidades do setor e proprietários de cavalos exigem não só a responsabilização da empresa, como também indenizações pelos danos sofridos. A situação expõe a fragilidade na fiscalização preventiva e reacende o debate sobre a necessidade de regulamentações mais rígidas no controle de alimentos para animais de alto valor.

 

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