Cidades

Furto de cabos paralisa abastecimento de água e prejudica milhares de moradores em São Gonçalo

Concessionária Águas do Rio confirma que 25 bairros foram afetados após ação criminosa no sistema de bombeamento; moradores relatam caos e improvisos no dia a dia

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Um furto de cabos do sistema de bombeamento do reservatório Marques Maneta, no Barro Vermelho, interrompeu o fornecimento de água em 25 bairros de São Gonçalo desde a manhã de sexta-feira (13).

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A concessionária Águas do Rio confirmou que o crime comprometeu todo o sistema de distribuição ligado ao reservatório, afetando diretamente milhares de famílias, com impactos que ainda se arrastam dias depois do ocorrido.

No bairro Gradim, a aposentada Jurema Santos, de 67 anos, relata que precisou revezar baldes com os vizinhos para manter as tarefas básicas em casa. “Acordei e a água simplesmente parou. Achei que fosse só aqui, mas todo mundo da rua estava sem. Tive que buscar água na casa da minha irmã, que ainda tinha um pouco na cisterna. A gente não vive sem água. Isso é um descaso”, disse.

Para o comerciante Luiz Fernando Araújo, de 39 anos, que mantém um pequeno restaurante no bairro Paraíso, o prejuízo foi inevitável. “Preciso de água pra lavar utensílios, preparar alimentos, limpar o ambiente. Já perdi ingredientes e até pedidos. Se a gente atrasa conta, cortam na hora. Mas e quando é ao contrário?”, questiona.

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Moradores relatam que, até o momento, não houve visita técnica ou aviso individualizado sobre a previsão de retorno do abastecimento. A maioria está dependendo de cisternas, caminhões-pipa pagos com dinheiro próprio ou da ajuda de parentes próximos.

Segundo a Águas do Rio, equipes da concessionária estão trabalhando para restabelecer o sistema, mas o retorno da água ocorrerá de forma gradativa, após a conclusão dos reparos. Em nota, a empresa recomendou o uso consciente da água armazenada, priorizando atividades essenciais até a normalização total do serviço.

Os bairros afetados incluem, entre outros: Porto Novo, Mangueira, Neves, Porto Velho, Camarão, Brasilândia, Zé Garoto, Santa Catarina, Vila Lage, Covanca, Rosane, Tenente Jardim e Engenho Pequeno.

Morador da Rua Marquês do Paraná, no bairro Zumbi, o auxiliar de serviços gerais Claudinei Moura, de 44 anos, expressou indignação com a situação. “É inadmissível que um crime desse tipo deixe tanta gente desassistida por tantos dias. Parece que moramos num lugar sem lei”, desabafou.

A população pode entrar em contato com a Águas do Rio pelos telefones 0800 195 0 195, para tirar dúvidas e registrar reclamações. Enquanto isso, São Gonçalo segue convivendo com uma das crises hídricas mais graves do ano.

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