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Obra do MUVI altera rotas de ônibus e revolta passageiros da Trindade e Nova Cidade

A viação ABC, Rio Ita, Coesa e Icaraí precisaram mudar a rota para chegar até os bairros, o que gerou revolta nos passageiros.

Breendon Santos

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Foto: Breendon Santos

As obras do MUVI – Mobilidade Urbana Verde Integrada – que avançam pela Avenida Presidente Kennedy, cortando os bairros de Nova Cidade, Bairro Antonina, Mutondo e Trindade, em São Gonçalo, têm provocado transtornos diários para quem depende do transporte público na região. Passageiros das linhas operadas pela aviação ABC, Coesa, Icaraí e Rio Ita denunciam mudanças nos trajetos e aumentos no tempo de viagem.

Segundo relatos, os ônibus que costumavam entrar diretamente em Nova Cidade e Trindade agora estão sendo desviados por rotas alternativas, mais longas e congestionadas. Em vez de seguirem o caminho habitual, os coletivos têm feito um desvio até uma rotatória na Avenida José Mendonça de Campos, no bairro Mutondo, próximo à comunidade da Chumbada, para só depois retornarem pela Ponte Seca rumo à Trindade, Nova Cidade e adjacências.

A mudança, que começou após o avanço das obras entre o 7º BPM (São Gonçalo) e as proximidades do bairro Antonina, tem afetado várias linhas, inclusive aquelas que seguem para Itaúna e outras regiões próximas. Com o novo trajeto, os coletivos passam por vias não planejadas para esse fluxo, aumentando o congestionamento em ruas internas e causando atrasos nos horários, inclusive em outras regiões onde normalmente essas linhas não passam.

Tatiana Campos, de 28 anos, vendedora e moradora do bairro do Salgueiro, em São Gonçalo, disse que levou 20 minutos a mais, em horário de pico, para chegar em casa. Por trabalhar no centro da cidade, diariamente pega o ônibus da linha 400 (Niterói x Palmeiras – via São Gonçalo).

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“Quando vi o ônibus indo direto, levei um susto. Achei que tivesse pego o ônibus errado. Ninguém avisou nada! Cheguei em casa mais tarde por conta dessa obra, e parece que não vai acabar tão cedo. E o pior é que só tenho esse caminho, até de Uber (risos)”, disse Tatiana.

Passageiros ainda relatam que os motoristas não têm informações sobre quando tudo será normalizado. A situação revolta quem depende diariamente das linhas e levanta questionamentos sobre a falta de planejamento da Prefeitura durante a execução da obra.

Por conta do desvio e aumento do fluxo de veículos pesados, a Avenida José Mendonça de Campos – que liga o bairro do Mutondo até o Colubandê – fica mais congestionada que o normal, principalmente na rotatória e no fim da via, próximo ao posto Shell.

Wesley Maximiliano, de 27 anos, instrutor de trânsito, empreendedor e morador do Mutondo, reclamou do trânsito, que piorou ainda mais no local, e afirmou que buscou outra alternativa para fugir do engarrafamento próximo à sua residência.

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“A rotatória do Mutondo sempre foi problemática, e agora, com mais ônibus, piorou tudo. Eu sempre passava por ali para pegar a BR-101 e ir para o trabalho, mas agora é praticamente impossível. Se eu fizer isso, vou ficar mais de 15 minutos só nesse pedaço, então é certo de chegar atrasado no trabalho”, exclamou.

O Informativo procurou a Prefeitura de São Gonçalo e a Secretaria de Transportes, questionando os fatos apresentados nesta reportagem, mas, até a conclusão desta matéria, não tivemos retorno.

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