Polícia

Moradores levam 44 corpos para praça na Penha após operação mais letal da história do Rio

Corpos foram retirados de área de mata na Vacaria, na Serra da Misericórdia, após intensos confrontos entre forças de segurança e traficantes. Governo havia confirmado 64 mortos, sendo quatro policiais.

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Moradores levam dezenas de corpos para a Praça São Lucas, na Penha, um dia após a operação Contenção, que deixou dezenas de mortos no Rio de Janeiro. — Foto: Reprodução

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram pelo menos 44 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29). A região foi palco dos intensos confrontos entre forças de segurança e traficantes durante a Operação Contenção, deflagrada na terça-feira (28).

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Segundo informações preliminares, os corpos estavam espalhados em uma área de mata conhecida como Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os principais tiroteios da ação policial. Moradores afirmaram que ainda há mais mortos no alto do morro, o que pode elevar o número total de vítimas.

O governo do Rio de Janeiro havia informado que 60 suspeitos foram mortos durante a megaoperação, além de quatro policiais — um número que já tornava a ação a mais letal da história do estado. Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação se os 44 corpos levados pelos moradores estavam entre os contabilizados oficialmente pelas autoridades.

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A Operação Contenção, que reuniu Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público, foi deflagrada com o objetivo de cumprir mandados judiciais e desarticular a cúpula do Comando Vermelho, considerada uma das facções criminosas mais influentes do Rio. O confronto também deixou 15 policiais feridos, 93 fuzis apreendidos e 86 suspeitos presos.

A cena na Penha, com dezenas de corpos reunidos em praça pública, provocou comoção e revolta entre moradores, que acusam abusos e excessos policiais. A Defensoria Pública e organizações de direitos humanos pedem investigação independente para apurar as circunstâncias das mortes.

Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que as equipes ainda atuam em áreas de mata da região, onde há relatos de criminosos feridos tentando escapar do cerco.

 

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