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Vendedor de seguros é preso 13 anos após assassinato de professora em São Gonçalo

Fabrício Valverde dos Santos foi localizado em Duque de Caxias após exame genético confirmar presença dele na cena do crime; vítima era vizinha e amiga da família

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Treze anos após o brutal assassinato da professora Andressa Vargas de Carvalho, de 28 anos, um desdobramento crucial levou a polícia à prisão do principal suspeito: Fabrício Valverde dos Santos, de 39 anos, um vendedor de seguros e amigo próximo do marido da vítima. Ele foi preso temporariamente pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Maricá (DHNSG) nesta semana, após um exame de DNA confirmar que ele esteve na cena do crime, em Tribobó, São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

O crime aconteceu em fevereiro de 2012, e chocou a vizinhança pela violência. Andressa foi encontrada morta pelo próprio marido, dentro de casa, com marcas de perfurações, sinais de estrangulamento e um tufo de cabelo nas mãos, indicando que houve luta corporal antes da morte. A cena também apresentava um ferro de passar com o fio enrolado no pescoço da vítima, uma tesoura e gotas de sangue espalhadas pelo cômodo.

Na época, a investigação não chegou a um desfecho. Mas em 2024, com o avanço das análises genéticas, a polícia conseguiu comparar o DNA presente no local do crime com o de Fabrício, que foi colhido recentemente. O resultado foi compatível, o que levou o delegado Pedro Henrique Coutinho, adjunto da DHNSG, a solicitar a prisão do suspeito.

A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, expediu o mandado de prisão temporária na última terça-feira (10). Fabrício foi localizado pelos agentes da DHNSG no bairro Parque Barão do Amapá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a cerca de 60 quilômetros do local onde o crime ocorreu. Ele havia se mudado para a cidade após o assassinato, o que, para os investigadores, pode ter sido uma tentativa de se afastar das suspeitas.

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Segundo a Polícia Civil, além da evidência genética, outras circunstâncias ainda não reveladas reforçam a participação direta de Fabrício no assassinato. Por ora, a motivação do crime permanece sob apuração, assim como a possibilidade de haver outros envolvidos.

Fabrício e o marido de Andressa eram amigos de infância, criados juntos no mesmo bairro. A proximidade entre eles torna o caso ainda mais perturbador para quem conviveu com a vítima.

A prisão de Fabrício representa um avanço significativo em um caso que, por mais de uma década, permaneceu sem respostas. A Polícia Civil reforça que novas diligências seguem em andamento para esclarecer completamente o que levou à morte violenta de Andressa.

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