A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), realizou nesta semana uma operação de fiscalização que resultou na interdição de um depósito clandestino de gás de cozinha em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A ação culminou na apreensão de dezenas de botijões de gás armazenados de forma irregular, em condições que colocavam em risco a segurança da população local.
Segundo as autoridades, a operação foi deflagrada com base em informações de inteligência que indicavam a atividade ilegal do estabelecimento. O local funcionava sem as licenças exigidas por lei e teve sua autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) cancelada. Ainda assim, continuava operando de forma clandestina, comercializando GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) sem qualquer tipo de controle técnico ou regulatório.
Durante a ação, um funcionário do depósito foi conduzido à Unidade de Polícia Judiciária (UPAJ) para prestar esclarecimentos. O proprietário do estabelecimento deverá responder por crime contra a ordem econômica, conforme previsto no artigo 1º, inciso I, da Lei nº 8.176/91.
Risco à segurança e impacto econômico
Além das irregularidades administrativas, a manutenção de depósitos clandestinos como o encontrado representa uma séria ameaça à segurança coletiva. Segundo especialistas, o armazenamento inadequado de botijões de gás pode provocar explosões, incêndios e vazamentos, colocando em risco a vida de moradores e trabalhadores da região.
Também há preocupações ambientais e de saúde pública. A manipulação indevida do gás pode liberar substâncias nocivas e contaminar o solo, gerando impactos duradouros para o ecossistema local.
Outro ponto destacado pelas autoridades é o prejuízo econômico causado por esse tipo de atividade ilegal. O comércio clandestino promove concorrência desleal com empresas regularizadas, que operam dentro da lei e arcam com custos de licenciamento, segurança e fiscalização.
A Polícia Civil reforça que ações como essa continuarão sendo realizadas com o objetivo de coibir atividades ilegais que ponham em risco a sociedade e prejudiquem o desenvolvimento econômico justo da região.