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Influenciador Vitor Belarmino nega alta velocidade ao atropelar fisioterapeuta no Recreio

Vitor Belarmino, que responde por homicídio doloso, prestou depoimento e disse ter se assustado com o casal atravessando a pista

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O influenciador digital Vitor Vieira Belarmino

O influenciador digital Vitor Vieira Belarmino negou que estivesse em alta velocidade no momento em que atropelou e matou o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, em julho do ano passado, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Em depoimento nesta quarta-feira (28), à 1ª Vara Criminal da Capital, Belarmino afirmou que trafegava a cerca de 60 km/h quando tentou ultrapassar uma moto e se deparou com o casal atravessando a via.

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Toshiro, de 43 anos, havia se casado recentemente e atravessava a Avenida Lúcio Costa com a esposa, Bruna Villarinho, em direção à praia, quando foi atingido pela BMW conduzida por Vitor.

Durante o interrogatório, conduzido pela juíza Alessandra Roidis, o réu relatou que tentou desviar o carro para a esquerda, mas havia veículos estacionados, o que teria limitado sua manobra. Ele disse que freou bruscamente, mas não conseguiu evitar o impacto.

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“Acelerei um pouco para ultrapassar uma moto. Foi aí que o casal apareceu, uns 20 a 30 metros à frente. Freei tudo que podia e tentei jogar o carro pro canteiro, mas havia dois carros parados. Fiz o que pude”, afirmou Vitor.

O influenciador também alegou que não havia consumido bebida alcoólica e que, após o atropelamento, parou o carro à frente com a intenção de prestar socorro. Segundo ele, ao ver a movimentação de pessoas se aproximando e uma taça de vinho quebrada no banco do carona, carregada por uma amiga, entrou em pânico e decidiu fugir, com medo de ser linchado.

A BMW levava ainda cinco passageiras, todas amigas de uma das ocupantes, Amanda Camargo. Vitor disse que, mais adiante, parou o carro para que as passageiras desembarcassem, e em seguida seguiu para casa.

Questionado pelo Ministério Público sobre a velocidade exata antes da frenagem, Vitor não soube responder com precisão. Em outro momento, ele estimou estar a cerca de 80 km/h no momento do impacto.

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Durante a audiência, o réu disse estar surpreso por responder por homicídio doloso, crime em que há intenção ou, ao menos, assunção de risco de matar.

“Fiquei surpreso. Vejo casos piores na imprensa classificados como homicídio culposo. Achei que esse seria o meu enquadramento também”, declarou.

Após permanecer foragido por 10 meses, Vitor afirmou que decidiu se entregar porque agora, segundo ele, a imprensa estaria divulgando “informações verdadeiras”, diferentes do que chamou de “mentiras” divulgadas logo após o acidente.

A defesa de Vitor solicitou a revogação da prisão preventiva e substituição por medidas cautelares. O Ministério Público se manifestou contra, e o pedido segue para decisão da juíza.

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