Policial penal é alvo de operação por injúria, difamação e ligação com grupo que explorava cantinas em presídios do Rio

O policial penal Moysés Marques foi alvo de uma operação de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (22), em sua residência localizada no bairro Rio Comprido, na Zona Central do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, Marques é suspeito dos crimes de injúria, difamação e obstrução de Justiça, além de manter vínculos com um grupo envolvido na exploração irregular de cantinas em presídios, prática encerrada pela atual gestão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) em 2024.

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Marques ocupou o cargo de subsecretário adjunto da SEAP em 2020 e foi um dos alvos da Operação Hiperfagia, do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ). A investigação revelou um esquema de fraudes e superfaturamento de contratos de alimentação no sistema prisional, estimado em R$ 350 milhões.

Durante a ação, o policial penal Márcio Luís dos Anjos da Rocha também foi alvo de mandado de busca e recebeu multa de R$ 102 milhões, aplicada pelo Ministério Público. Rocha já havia sido investigado pelo GAECO por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 100 milhões.

Atualmente, Moysés Marques responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e a duas sindicâncias internas, sendo uma delas por tentativa de coação a servidores para obter documentos internos e embasar denúncias infundadas contra a gestão atual.

Em nota, a SEAP informou que acompanha o caso “com responsabilidade e transparência” e repudia qualquer tentativa de manipulação de informações que busque desestabilizar a instituição. A pasta reforçou ainda o compromisso com a legalidade, ética e transparência na administração do sistema prisional fluminense.