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Cidades

Infestação de mosquitos borrachudos atinge nível crítico no Rio de Janeiro

Prefeitura diz que o fumacê não é indicado e que outras medidas são necessárias; comissão foi criada na Câmara para debater o tema.

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Um surto sem precedentes de borrachudos (Simulium spp), também conhecidos como *piúns*, tem transformado a rotina de milhares de moradores do Rio. Relatos vêm de diversos bairros próximos a áreas de mata e lagoas, com episódios de ataque massivo por nuvens de insetos. Autoridades municipais classificam a situação como crítica.

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Com menos de 4 milímetros, esses mosquitos têm causado transtornos sérios à saúde e à economia local. A intensidade da infestação neste verão de 2025 supera qualquer ano anterior, segundo moradores de regiões como Alto da Boa Vista, Itanhangá, Rio das Pedras, Ilha da Gigoia, Barrinha, Morro do Banco e Tijuquinha.

“O cenário é de desespero. Estamos reféns desses insetos. Não conseguimos mais sair de casa sem proteção completa”, desabafa Carla Mendes, moradora do Itanhangá.

Em vídeos que circulam nas redes, é possível ver nuvens densas de borrachudos perseguindo moradores. Um deles, gravado em uma cachoeira no Alto da Boa Vista, mostra um homem retirando com a mão dezenas de insetos de uma pedra. Em outra gravação, uma mulher, coberta da cabeça aos pés, é seguida por uma nuvem de mosquitos mesmo durante o dia.

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As picadas são dolorosas – causam pequenos cortes na pele, seguidos de inchaço, coceira intensa, vermelhidão e, em muitos casos, reações alérgicas graves. Postos de saúde da região registraram aumento no número de atendimentos por reações às picadas, incluindo crianças e idosos.

A situação já começa a refletir na **economia local**. Escolas, comércios, pontos turísticos e até igrejas estão vazios.

“Vem destruindo os grandes e pequenos negócios. O impacto é direto no emprego e na renda de muitas famílias”, alertou o vereador Marcelo Diniz (PSD), que lidera uma comissão recém-criada na Câmara Municipal para combater o problema.

A Prefeitura do Rio reconhece a gravidade da infestação e admite que o fumacê – principal arma contra o mosquito da dengue – é ineficaz contra os borrachudos. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, os simulídeos são “pequenos, velozes e podem voar até 5 quilômetros”. Ele explica que o uso de repelentes é necessário, mas destaca que a proteção tem curta duração por conta da evaporação rápida das substâncias ativas.

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Use repelente constantemente, preferencialmente com aplicação de cremes hidratantes antes para prolongar o efeito.

Evite áreas de mata e de água parada, especialmente no início da manhã e fim da tarde.

Cubra a pele: calças compridas, blusas de manga longa e meias ajudam, mas não garantem proteção total.

Enquanto a comissão especial se reúne para buscar soluções efetivas, a população aguarda uma resposta rápida. Entre as medidas propostas estão o uso de larvicidas específicos em áreas de reprodução dos borrachudos e campanhas emergenciais de orientação.

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