Cidades
Família denuncia negligência médica em caso de bebê internado em São Gonçalo
João Lucas, de apenas 1 ano, teve diagnóstico inicial de infecção urinária, mas família afirma que houve demora em exames e falhas no atendimento hospitalar após descoberta de pneumonia.

A família de João Lucas, de apenas 1 ano, denuncia possíveis falhas médicas durante o tratamento do menino em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Segundo os relatos, o bebê foi inicialmente diagnosticado com infecção urinária, mas dias depois descobriu-se que ele estava, na verdade, com pneumonia.
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Após cinco dias de antibióticos e sem melhora, João foi levado à UPA de Nova Cidade. Lá, os médicos descartaram a infecção urinária e confirmaram a pneumonia, mas informaram que a unidade não tinha recursos para tratar o quadro agravado. Com baixa saturação, o bebê foi transferido para o Pronto Socorro Infantil (PSI), onde chegou a ser entubado.
A família afirma que João estava consciente e se movimentava antes da entubação. Porém, após quase 15 dias no respirador, ele não apresentou reflexos ao ser retirado da sedação. Segundo os médicos, isso poderia ser normal no início, mas após duas semanas a equipe solicitou uma ressonância magnética.
O exame, realizado em Itaboraí no dia 22 de julho, demorou dias para chegar ao hospital, o que gerou revolta da família. “Nós mesmos entramos em contato com a clínica, e eles enviaram o resultado por WhatsApp em minutos. No hospital diziam que não tinham recebido nada”, relatou um parente.
De acordo com a avaliação neurológica, João sofreu uma lesão cerebral. O especialista teria informado à família que o bebê pode não se recuperar.
Os familiares questionam a origem da lesão, já que, segundo eles, nenhum médico soube explicar em que momento ocorreu. Em meio às incertezas, uma profissional chegou a perguntar se os pais pensavam em doar os órgãos do menino.
Outro ponto de denúncia envolve as marcas na cabeça do bebê, atribuídas pelos médicos ao uso do respirador. A família, entretanto, considera os ferimentos suspeitos e acionou o Conselho Tutelar.
O caso expõe ainda a falta de estrutura para o atendimento neurológico em São Gonçalo, já que o hospital não dispõe de neurologista 24 horas, dependendo de solicitações externas.
Sem confiança no atendimento, os pais de João tentam transferi-lo para outra unidade com mais recursos, mas afirmam encontrar dificuldades burocráticas. Eles pedem respostas sobre a demora nos exames e explicações claras sobre o quadro neurológico do bebê.
Procurada, a secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente está em estado grave, porém estável. Foi solicitada transferência ao Sistema Estadual de Regulação (SER) para unidade especializada desde o dia 20 de agosto, ainda sem resposta positiva, e a criança segue regulada. A família está sendo informada sobre o quadro de saúde da criança regularmente.
A secretaria esclareceu ainda que as unidades de pronto atendimento de baixa complexidade, como é o caso das unidades municipais de São Gonçalo, não possuem médicos neurologistas em seus plantões, apenas são solicitados quando necessário, como pareceristas. Tais especialistas atuam nas unidades estaduais, que oferecem atendimento de alta complexidade, daí a solicitação para que seja transferida o quanto antes.
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