Menino de 8 anos é espancado e morto por ser cristão

Um menino cristão de apenas 8 anos, identificado como Khristopel, morreu no fim de maio após ser brutalmente espancado por colegas mais velhos em sua escola primária. O motivo? Sua fé.

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Segundo informações da organização missionária Portas Abertas, Khristopel, carinhosamente chamado de Khris pela família, era uma das poucas crianças cristãs em sua escola. Gentil, sonhador e cheio de vida, ele sonhava em se tornar soldado para proteger os mais fracos. Adorava andar de bicicleta, brincar com a irmãzinha Mika e ajudar a mãe nas tarefas de casa. Mas sua curta vida foi interrompida de forma cruel.

A tragédia começou a se desenhar quando Khris voltou da escola com as roupas sujas e o pneu da bicicleta furado. Disse ao pai, Gimson, que havia caído e que um amigo tinha furado o pneu com uma agulha. Mas algo no olhar do menino indicava que havia mais.

No dia seguinte, Khris voltou mais cedo da escola. Passou a reclamar de fortes dores no estômago e andava de forma curvada. À noite, a febre apareceu. Os pais, acreditando que era apenas uma indisposição passageira, optaram por cuidar dele em casa.

Mas os sintomas pioraram. Dias depois, a verdade veio à tona: Khris havia sido vítima de bullying. Um colega relatou que outros meninos zombaram de sua fé cristã. “Seu Deus, Jesus, tem cabelo comprido! Ele parece esquisito”, disseram. Ao reagir, Khris foi violentamente agredido: socos nas costas, ombros e cabeça, e uma joelhada fatal no estômago.

Diante da revelação, Gimson confrontou os pais dos agressores e a direção da escola. Houve reconhecimento da agressão, e uma promessa de ajuda com a recuperação do menino. Mas já era tarde.

Khris foi levado ao pronto-socorro, onde os médicos descobriram uma grave infecção na região do plexo solar. Horas depois, sangue começou a sair de sua boca. Às 2h10 da madrugada de 26 de maio, exatamente uma semana após a agressão, o pequeno Khristopel deu seu último suspiro.

Antes do sepultamento, foi realizada uma autópsia, e o caso segue sendo investigado pela polícia local. A comoção se espalhou por todo o país, e a tragédia gerou indignação em comunidades cristãs e defensoras dos direitos das crianças.

Os pais de Khris, ainda em luto profundo, deram declarações emocionadas.

“Ainda passo suas roupas e canto louvores como antes. Pode parecer que estou bem, mas por dentro estou despedaçada. Eu trocaria toda a ajuda que recebemos por apenas mais um dia com ele, disse a mãe.

— Ele era um menino bondoso, lindo. Nunca quis ser um peso. Só queria servir. O sonho dele de ser soldado, e se foi, lamentou o pai.

Gimson, com a voz embargada, agradeceu o apoio de parceiros locais da organização Portas Abertas:

— Obrigado por virem até aqui para nos ajudar e apoiar. Por favor, orem para que encontremos forças para aceitar essa realidade. Esperamos que nosso filho, Khris, seja lembrado por muitos e que uma tragédia como essa nunca mais aconteça.