Oruan se entrega à Polícia Civil após ter prisão decretada por sete crimes

O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruan, se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro no fim da tarde desta terça-feira (22), após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça. O artista de 24 anos se apresentou pouco antes das 18h na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.

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A prisão de Oruan foi determinada pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, após pedidos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Ministério Público. O cantor havia anunciado horas antes, por meio de suas redes sociais, que se entregaria, pedindo desculpas ao público e afirmando que provaria não ser criminoso. “Vou me entregar, tropa. Não sou bandido. Vou dar a volta por cima e vencer com a minha música”, disse ele, emocionado, em um vídeo publicado à tarde.

Oruan foi indiciado pela DRE por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. A Polícia Civil afirma que o cantor impediu uma ação legal de apreensão de um adolescente foragido por tráfico e roubo, durante uma operação em sua casa, no bairro do Joá, na noite de segunda-feira (21).

De acordo com o inquérito policial, a residência do artista vinha sendo utilizada como ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça. A delegacia também anexou ao processo imagens em que o cantor aparece ao lado de Edgar Alves de Andrade, o Doca, e Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó, apontado como líder do Comando Vermelho no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

A investigação foi reforçada após a repercussão de vídeos publicados pelo próprio rapper, em que aparece confrontando policiais da DRE, xingando o delegado responsável e desafiando as autoridades diretamente do Complexo da Penha, onde teria buscado refúgio após a tentativa de prisão.