Política
Wilson Witzel afirma que será candidato a governador em 2026
Ex-governador teve o mandato cassado e foi impedido de se candidatar por 5 anos.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que pretende disputar novamente o cargo de chefe do Executivo estadual nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast O Poder do Rio, publicada em 1º de julho, em que Witzel abordou temas como segurança pública, o atual governo de Cláudio Castro (PL), sua cassação, Bolsonaro e os rumos da política fluminense.
Apesar de reafirmar sua intenção de concorrer, Witzel não informou a qual partido está filiado — nem se está filiado a algum — e tampouco apresentou detalhes sobre sua articulação política. Atualmente, o único nome já colocado oficialmente na corrida pelo Palácio Guanabara é o do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que tem se consolidado como principal pré-candidato da base do governo.
Durante a entrevista, realizada pelos jornalistas Flávio Barreto e Rodrigo Mandarini, o ex-governador disse que “perdeu a batalha, mas não pode sucumbir a guerra”.
“Eu tenho 35 anos de vida pública. Hoje tenho um escritório de advocacia, não dependo da política para viver, mas eu não posso conviver no Estado do Rio de Janeiro sem terminar o que eu comecei. Eu quero ser uma opção em 2026. Podemos ter perdido a batalha, mas nós não podemos sucumbir na guerra. Enquanto estivermos respirando, temos que ir adiante e lutar pela liberdade do nosso povo, pela liberdade de ir e vir, pelas nossas famílias e pelo nosso futuro”, declarou.
Mandato interrompido
Ex-juiz federal, Wilson Witzel foi eleito em 2018 pelo PSC, em uma campanha marcada pelo discurso de combate à corrupção e pelo alinhamento ao então presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua vitória surpreendente seu deu pela onda conservadora que varreu o país naquele ano, graças a Jair Bolsonaro, desbancando nomes tradicionais da política fluminense.
Witzel assumiu o governo em janeiro de 2019, mas teve seu mandato interrompido pouco mais de um ano depois. Em junho de 2020, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) abriu processo de impeachment contra o governador, após denúncias de irregularidades na gestão dos contratos da saúde durante a pandemia de Covid-19. As acusações envolviam, principalmente, a contratação emergencial de hospitais de campanha.
A investigação culminou em uma das maiores operações da história recente do estado: foram expedidos 17 mandados de prisão — seis preventivos e onze temporários — além de 83 mandados de busca e apreensão. Entre os presos estavam aliados próximos de Witzel, como o então presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. A suspeita era de que um esquema criminoso teria se instalado na cúpula do governo estadual, operando desvios de recursos da saúde em meio à pandemia.
Em abril de 2021, por decisão unânime de um tribunal misto formado por deputados estaduais e desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio, Witzel foi oficialmente cassado.
Tentativa de retorno
Apesar da cassação, Witzel mantem o discurso de inocência e frequentemente alega ter sido alvo de perseguição política. Em sua nova tentativa de voltar ao cargo, ele busca se reposicionar como alternativa ao grupo político hoje no poder. Ao longo da entrevista, criticou o governo de Cláudio Castro, seu ex-vice.
Em 2021, o Tribunal Especial determinou que Witzel ficasse inelegível por cinco anos, contados a partir da cassação. Caso essa sanção não seja revertida na Justiça, ele estará impedido de disputar qualquer cargo eletivo até abril de 2026.
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