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Energia elétrica puxa inflação prévia de setembro para 0,48%, diz IBGE

IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses; alimentos registram queda pelo quarto mês seguido

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Conta de luz mais cara foi o principal fator para alta da inflação prévia em setembro, segundo o IBGE

A inflação oficial prévia de setembro, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,48%, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial, que subiu 12,17% e teve o maior impacto individual entre os 377 itens pesquisados.

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Com o resultado, a inflação acumula 5,32% em 12 meses, permanecendo acima da meta do governo de 3% ao ano, que tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (podendo variar entre 1,5% e 4,5%).

Em agosto, o índice havia registrado deflação de -0,14%. Já em setembro de 2024, a prévia havia ficado em 0,13%.

Segundo o IBGE, o fim do Bônus Itaipu — desconto médio de R$ 11,59 na conta de luz em agosto — pesou sobre o bolso dos consumidores em setembro. Além disso, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

O impacto desse subitem sozinho foi de 0,47 ponto percentual, praticamente toda a inflação do mês.

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Na contramão da energia, os alimentos continuaram em queda pelo quarto mês consecutivo. O recuo foi de 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto.

Entre os destaques, caíram os preços de:

  • Tomate: -17,49%
  • Cebola: -8,65%
  • Arroz: -2,91%
  • Café moído: -1,81%

Já as frutas subiram 1,03%, em média.

Além de habitação (+3,31%), também tiveram alta os grupos vestuário (+0,97%), saúde e cuidados pessoais (+0,36%), despesas pessoais (+0,20%) e educação (+0,03%).

Por outro lado, caíram comunicação (-0,08%), artigos de residência (-0,16%), transportes (-0,25%) e alimentação e bebidas (-0,35%).

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial, o IPCA, utilizado pelo governo para o sistema de metas. A principal diferença está no período de coleta dos preços.

Neste levantamento, os dados foram coletados de 15 de agosto a 15 de setembro em 11 regiões metropolitanas. Já o IPCA “cheio” de setembro, que será divulgado em 9 de outubro, abrange 16 localidades.

 

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