Comitiva de políticos brasileiros cruza fronteira de Israel com a Jordânia em meio a tensão na região

Uma comitiva formada por 12 autoridades brasileiras — entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais — conseguiu deixar Israel na manhã desta segunda-feira (16), em meio à escalada de violência no Oriente Médio. O grupo cruzou a fronteira terrestre com a Jordânia em uma operação marcada por sigilo e apreensão. A travessia, realizada em ônibus, ocorreu sob forte tensão diante do risco constante de ataques na região.

Acesse o canal de O INFORMATIVO no WhatsApp

ENTRE PARA O NOSSO GRUPO NO WHATSAPP  CLIQUE AQUI

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirmou a saída do grupo e informou que todos chegaram em segurança ao território jordaniano. A expectativa é que os brasileiros embarquem de volta ao país em um jato particular, após uma rápida passagem pela Arábia Saudita.

Segundo relatos, a missão de retorno não foi unanimidade entre os integrantes da comitiva. O prefeito de Macaé, Welberth Rezende, que participou da viagem oficial, relatou que parte dos membros optou por não fazer o trajeto terrestre, temendo possíveis bombardeios durante o percurso.

“Estamos a caminho de casa! Parte do grupo que estava em missão oficial em Israel decidiu sair do país por via terrestre, através da fronteira com a Jordânia, seguindo depois para a Arábia Saudita. Permanecemos em segurança e seguimos pedindo a Deus que nos guie nessa viagem, assim como a todos aqueles que estão retornando para seus lares”, escreveu Rezende nas redes sociais.

A missão oficial da comitiva brasileira em Israel havia sido organizada para tratar de acordos de cooperação internacional e intercâmbio de boas práticas em gestão pública. No entanto, a visita coincidiu com uma nova onda de violência envolvendo o Estado israelense e forças da região da Cisjordânia, o que levou os brasileiros a buscar rotas alternativas de evacuação.

Por questões de segurança, os nomes dos demais participantes da comitiva ainda não foram oficialmente divulgados, mas a CNM informou que há representantes de diferentes estados brasileiros no grupo.

O Ministério das Relações Exteriores acompanha a situação e informou que o Itamaraty está prestando apoio logístico e diplomático aos brasileiros em áreas de risco.