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México vive onda de violência contra influenciadores: “El Guerrero Fénix” é o segundo assassinado em uma semana

As autoridades investigam os dois casos, mas até o momento não há suspeitos identificados.

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José Carlos González Herrera era conhecido como 'El Guerrero Fénix' — Foto: Reprodução/Instagram

O México volta a ser palco de violência contra vozes digitais. Na noite da última quarta-feira (14), o influenciador José Carlos González Herrera, conhecido como “El Guerrero Fénix”, foi brutalmente assassinado no centro turístico de Acapulco. O crime ocorre apenas um dia após o assassinato de outra criadora de conteúdo, Valeria Márquez, morta enquanto fazia uma live no TikTok em seu salão de beleza, em Zapopan, nos arredores de Guadalajara.

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As duas execuções em menos de 48 horas acendem um alerta sobre os riscos enfrentados por influenciadores no país, especialmente aqueles que abordam temas sociais e políticos.

José Carlos, de 39 anos, era conhecido no canal “Opinião Cidadã”, onde aparecia sempre mascarado como um lutador e fazia denúncias sobre corrupção, abusos de poder e temas de cidadania. Na noite em que foi morto, ele havia acabado de sair de um estúdio de gravação quando seu carro foi cercado por criminosos armados. De acordo com o jornal *El Financiero*, os autores dispararam várias vezes e fugiram sem serem identificados. “Fénix” morreu no local, apesar da rápida chegada de serviços de emergência.

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Este não foi o primeiro atentado contra o influenciador. Em junho de 2023, ele sobreviveu a um ataque a tiros após cobrir um incêndio no mercado central de Acapulco. Na ocasião, ferido nos braços, ele fez questão de transmitir ao vivo do hospital, acusando diretamente o que chamou de “máfia” local pelo atentado.

O assassinato de José Carlos causou comoção entre seus seguidores e ativistas, que apontam um aumento da repressão violenta contra vozes independentes. Já o caso de Valeria Márquez, de apenas 23 anos, chocou o público pela frieza: a jovem foi morta diante da câmera, ao vivo, enquanto conversava com seguidores em seu salão. As imagens viralizaram nas redes sociais e geraram protestos nas ruas de Zapopan.

As autoridades investigam os dois casos, mas até o momento não há suspeitos identificados. Especialistas em segurança apontam que influenciadores digitais vêm ocupando espaços antes restritos à imprensa tradicional, tornando-se alvos de grupos criminosos e políticos incomodados com a exposição pública.

Organizações de defesa da liberdade de expressão, como a *Artículo 19*, vêm denunciando há anos o crescimento da violência contra jornalistas e comunicadores no México. Agora, o foco se expande também aos criadores de conteúdo nas redes sociais, cuja visibilidade e engajamento os colocam na linha de frente do debate público — e da mira de criminosos.

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