Corpo de idoso pode ter permanecido por dois anos escondido por filhos em casa na Ilha do Governador, aponta laudo do IML

Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) revelou que o corpo do idoso Dário Antonio Raffaele D’Ottavio, encontrado em estado avançado de decomposição na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, pode ter permanecido dentro de sua residência por até dois anos.

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O resultado do exame cadavérico foi divulgado pela 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador) nesta semana.

Segundo o documento pericial, a morte ocorreu há pelo menos seis meses, com possibilidade de ter ocorrido há até dois anos, tempo estimado com base no estado do corpo e nas condições do ambiente onde foi encontrado. A avaliação é compatível com os depoimentos colhidos durante a investigação, nos quais testemunhas relataram não ver o idoso há cerca de dois anos.

O caso chocou moradores da região e levantou questionamentos sobre o abandono social e familiar de pessoas idosas. O corpo foi encontrado dentro da casa onde Dário morava, após denúncias anônimas e estranheza de vizinhos com o longo período de ausência.

Dois familiares do idoso foram indiciados no inquérito. Marcelo, um dos investigados, está internado no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel. Já sua irmã, Tânia, foi transferida para a custódia da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Ambos aguardam a autorização judicial para a realização de exames de sanidade mental, que já foram representados pela Polícia Civil.

As investigações seguem em andamento para apurar as circunstâncias da morte e o possível abandono do idoso, além de responsabilidades criminais dos envolvidos.