Polícia

Operação mira finanças do CV e prende dezenas no Rio

Ação conjunta bloqueia R$ 217 milhões, fecha ferros-velhos e detém suspeito apontado como responsável por financiar barricadas.

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Agentes da Polícia Civil e do Bope cumprem mandados durante nova fase da Operação Contenção. Foto: Divulgação / Pcerj

Em uma nova investida para enfraquecer a expansão territorial do Comando Vermelho, forças policiais do Rio deflagraram, nesta terça-feira (18), mais uma fase da Operação Contenção, ação que mira diretamente a estrutura financeira e logística da facção. Ao longo do dia, foram presos 12 suspeitos, entre eles o homem identificado como o “Mentor de Barricadas”, apontado como o responsável por financiar materiais usados na montagem das barreiras que restringem a circulação de moradores e impedem o acesso de serviços essenciais em diversas comunidades.

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A ofensiva mobilizou equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). As ações ocorreram em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com os investigadores, a facção mantinha um esquema estruturado para viabilizar a construção e manutenção das barricadas que dificultam a entrada da polícia e reforçam o domínio territorial do grupo. Parte significativa dos recursos vinha da receptação e venda de cobre e metais furtados, movimentação que sustentava desde a compra de material para bloqueios até a vigilância armada e a operação de pontos de droga.

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O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou que esta etapa da operação representa “um golpe direto na espinha econômica do Comando Vermelho”, ao atingir o setor financeiro que alimenta a expansão da facção.

As apurações apontam que diversos ferros-velhos da Região Metropolitana funcionavam como núcleos de lavagem de capitais, servindo como base para a integração entre a logística criminosa e o tráfico. Esses estabelecimentos eram essenciais para o escoamento de cobre furtado, para redistribuir valores e para financiar a reativação de barricadas destruídas em incursões policiais.

As análises conduzidas pela DRF identificaram movimentações superiores a R$ 217 milhões, montante considerado incompatível com as atividades declaradas pelos investigados. A Justiça determinou o bloqueio integral desses valores, além do sequestro de imóveis de luxo no Recreio dos Bandeirantes, veículos de alto padrão vinculados ao núcleo financeiro do grupo e a interdição de oito ferros-velhos usados para ocultar a origem ilícita dos recursos.

O maior alvo da operação, o suspeito apelidado de “Mentor de Barricadas”, apresentava-se como empresário do setor de reciclagem. Investigadores, porém, afirmam que ele liderava o braço financeiro da organização criminosa: lavava dinheiro obtido pela receptação de cobre, fornecia materiais para reforço de barricadas e atuava como elo entre ferros-velhos e o tráfico, garantindo a fluidez logística da facção.

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