Polícia

PF prende dono do Banco Master e operação é liquidada

Daniel Vorcaro foi detido ao tentar deixar o país em um jatinho; Banco Central liquida o Banco Master e suspende negociação bilionária.

Publicado

em

Agentes da PF durante operação que resultou na prisão de Daniel Vorcaro, no aeroporto de Guarulhos.

A Polícia Federal prendeu, na manhã de segunda-feira (17), Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a PF, o empresário se preparava para embarcar em um avião particular rumo a Malta, o que levou à antecipação do mandado de prisão da Operação Compliance Zero, que investiga a emissão e a venda de títulos de crédito falsos no sistema financeiro. Após a abordagem, Vorcaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.

🚨 ENTRE NO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP CLIQUE AQUI!

SIGA O NOSSO CANAL E RECEBA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS CLIQUE AQUI

A detenção ocorre apenas um dia depois da divulgação de que a holding financeira Fictor havia firmado um acordo preliminar para adquirir o Banco Master em uma operação estimada em mais de R$ 3 bilhões. O negócio envolvia investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato para reforçar o caixa da instituição, que enfrenta dificuldades financeiras. A transação dependia do aval do Banco Central (BC) e do Cade, e agora está suspensa.

Leia Também:  Dono de lotérica é baleado ao reagir a assalto em São Gonçalo; criminosos fugiram

Na manhã desta terça-feira (18), o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, determinou a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores e interrompeu qualquer negociação de compra em andamento. A decisão foi tomada após o avanço das apurações que apontam falhas graves na gestão e riscos ao sistema financeiro.

Ainda nesta terça (18), a PF deflagrou novas fases da Operação Compliance Zero, que apura a fabricação e comercialização de carteiras de crédito sem lastro por instituições do Sistema Financeiro Nacional. A operação, solicitada pelo Ministério Público Federal, mobiliza equipes em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

No total, os agentes cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares. A investigação teve início em 2024, quando surgiram indícios de que uma instituição financeira havia produzido títulos falsos e os vendido para outra entidade. Após fiscalização do Banco Central, esses ativos teriam sido substituídos por outros sem avaliação técnica adequada.

Leia Também:  Morre passageira atingida por bala perdida dentro de carro por aplicativo na Linha Amarela, no Rio

A PF apura possíveis crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. Segundo a corporação, o esquema pode comprometer a confiança nas operações do Sistema Financeiro Nacional, motivo pelo qual as autoridades buscam mapear toda a cadeia de produção e circulação dos créditos irregulares.

 

Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

TENDÊNCIA