Política

Ex-prefeito de Lajeado deixa o cargo de secretário após operação da PF

Investigado por supostos desvios de recursos durante as enchentes de 2024, Caumo deixa a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do RS para se defender das acusações.

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Marcelo Caumo anunciou nas redes sociais o pedido de afastamento do cargo de secretário estadual após ser alvo da Operação Lamaçal, da Polícia Federal. Foto: Reprodução

O ex-prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, anunciou nesta quinta-feira (13) o afastamento do cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Rio Grande do Sul. A decisão ocorre dois dias após a deflagração da Operação Lamaçal, conduzida pela Polícia Federal (PF) com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

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A investigação apura supostos crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro relacionados ao desvio de recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Os valores, destinados ao enfrentamento das enchentes que atingiram Lajeado em maio de 2024, teriam sido utilizados de forma irregular durante a gestão municipal de Caumo.

Em publicação nas redes sociais, o ex-prefeito afirmou que o afastamento tem o objetivo de permitir que ele se dedique integralmente à sua defesa.

“Mesmo sem ter ciência ainda dos dados do processo, a gente vai fazer as defesas, mas fica com aquele sentimento de injustiça muito latente no coração”, declarou Caumo, que comandou a Prefeitura de Lajeado entre 2017 e 2023.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações indicam irregularidades em licitações realizadas pela prefeitura para contratar serviços terceirizados de psicologia, assistência social, educação social, apoio administrativo e transporte. A dispensa de licitação foi justificada pelo estado de calamidade pública decretado durante as enchentes.

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“Há indícios de que a contratação direta da empresa investigada tenha ocorrido sem observância da proposta mais vantajosa, e os valores contratados estariam acima do valor de mercado”, informou a PF em nota.

O valor total dos contratos investigados chega a R$ 120 milhões.

Em nota divulgada ainda na terça-feira (11), o Governo do Rio Grande do Sul esclareceu que a operação não tem relação com a atuação de Marcelo Caumo como secretário estadual.

Lajeado foi uma das cidades mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, e o caso segue sob investigação.

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