Política
STF encerra primeiro dia de julgamento de militares acusados de integrar trama golpista durante governo Bolsonaro
Primeira Turma do Supremo ouviu a PGR e defesas de acusados do “Núcleo 3”, composto por militares e um policial federal; sessão será retomada nesta quarta (12).

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou nesta terça-feira (11) o primeiro dia de julgamento dos réus do Núcleo 3 da trama golpista, supostamente articulada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Durante a sessão, os ministros ouviram as manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR) — que pediu a condenação dos dez acusados — e as defesas de seis deles, que negaram qualquer participação nas articulações para um golpe de Estado.
A sessão foi suspensa por volta das 18h50 e será retomada nesta quarta-feira (12), quando as demais defesas apresentarão suas sustentações e os ministros votarão pela condenação ou absolvição.
O Núcleo 3 é composto por nove militares do Exército e um policial federal. Eles respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo a denúncia da PGR, o grupo — apelidado de “kids-pretos”, por integrar forças especiais do Exército — teria planejado “ações táticas” para implementar o plano golpista e eliminar autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante o julgamento, o advogado Rafael Favetti, defensor do coronel Márcio Nunes de Resende Júnior, negou que o militar tenha participado de uma reunião para pressionar o Alto Comando do Exército a aderir ao golpe.
Favetti afirmou que o encontro, em 28 de novembro de 2022, foi apenas uma “confraternização” entre ex-colegas de farda. Ele também confirmou a autenticidade de uma mensagem em que o coronel ofende o ministro Alexandre de Moraes, mas disse que ela não tinha relação com o planejamento de golpe.
O ministro Flávio Dino interveio para esclarecer a origem da mensagem, destacando que ela foi usada pela PGR como indício de incitação às Forças Armadas.
A defesa do general da reserva Estevam Theóphilo, ex-comandante de Operações Terrestres (Coter), pediu sua absolvição, argumentando que ele não teve envolvimento com os atos de 8 de janeiro de 2023 nem com o uso dos “kids-pretos” em ações contra a posse de Lula.
Segundo a investigação da Polícia Federal, Theóphilo teria se reunido três vezes com Bolsonaro, no fim de 2022, para discutir possíveis decretos de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou estado de sítio.
O advogado Diego Rodrigues Musy afirmou que os encontros ocorreram com a ciência do então comandante do Exército, Freire Gomes, e que não há provas de envolvimento do general com os demais acusados.
Quem são os investigados
Bernardo Romão Correa Netto (coronel)
Estevam Theóphilo (general)
Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)
Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
Wladimir Matos Soares (policial federal)
Até o momento, o STF já condenou 15 réus relacionados à trama golpista — sete do Núcleo 4 e oito do Núcleo 1, liderado por Jair Bolsonaro.
O Núcleo 2 será julgado a partir de 9 de dezembro, enquanto o Núcleo 5, que inclui o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo, ainda não tem data definida.
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