Preso suspeito de matar universitária em golpe do falso comprador

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (18), o homem apontado como autor do tiro que matou a universitária Beatriz Munhos, de 20 anos, durante uma emboscada em Sapopemba, na Zona Leste da capital. O crime, registrado por câmeras de segurança no dia 1º de novembro, mobilizou equipes das polícias paulista e baiana.

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O suspeito, Isaías dos Santos Silva, foi encontrado no município de Mirante, no sertão da Bahia, a cerca de 500 quilômetros de Salvador. Segundo a polícia, ele já respondia por roubo e associação criminosa, o que reforçou a suspeita de envolvimento direto no assassinato.

As investigações revelam que Beatriz, o pai e o namorado foram vítimas de um esquema fraudulento montado por criminosos que se passaram por compradores interessados em um drone anunciado pela família. Eles ofereceram R$ 27 mil e exigiram entrega presencial, o que fez com que o trio deixasse Sorocaba, no interior de São Paulo, em direção à capital.

Ao chegarem ao local combinado, em uma rua de Sapopemba, o pai da jovem, Lucas Munhoz, e o namorado, Leonardo Jesus da Silva, estavam fora do carro quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e anunciaram o assalto. Beatriz permaneceu dentro do veículo.

Diante da abordagem, a jovem abriu a porta e lançou spray de pimenta em um dos criminosos. O agressor reagiu imediatamente e atirou na cabeça da estudante, que morreu ainda no local.

Em depoimento, o pai lamentou a crueldade da ação:
“Foi uma emboscada, um golpe. A gente já tinha entregue tudo. Por que ele atirou na cabeça da minha filha? Falta qualquer vestígio de humanidade.”

Além da prisão de Isaías, a Secretaria de Segurança Pública informou que outro suspeito — responsável por atrair vítimas para golpes semelhantes — foi identificado. Ele seria ligado a outros casos com o mesmo modo de atuação.

O jovem apontado como piloto da motocicleta, Lucas Kauan da Silva Pereira, de 18 anos, já havia sido preso anteriormente no curso da investigação.

A Polícia Civil segue reunindo provas para reforçar a participação de cada integrante no esquema criminoso e fechar o cerco contra possíveis cúmplices ainda não detidos.