Adolescente mata os pais e o irmão de apenas 3 anos após ser proibido de viajar

A cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, amanheceu chocada nesta quarta-feira (25) com a revelação de um crime brutal: um adolescente de apenas 14 anos foi apreendido após confessar o assassinato dos próprios pais e do irmão caçula, de apenas 3 anos de idade. Os corpos das vítimas foram encontrados dentro da cisterna da residência da família, onde estavam escondidos desde o último sábado (21).

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Segundo informações da 143ª Delegacia de Polícia (Itaperuna), o adolescente cometeu o triplo homicídio após ser impedido de viajar para outro estado a fim de participar de um encontro. Inconformado com a decisão dos pais, o jovem pegou a arma do pai e, aproveitando que todos dormiam, efetuou os disparos fatais contra a família.

O crime, já grave por sua natureza, ganha contornos ainda mais perturbadores pelo fato de ter sido premeditado e executado com frieza. Após os assassinatos, o adolescente ocultou os corpos na cisterna da casa, tentando evitar que o crime fosse descoberto. Durante três dias, ele conviveu com a avó e tentou simular que a família havia desaparecido misteriosamente.

Na terça-feira (24), acompanhado pela avó, que desconfiava do sumiço do casal e da criança, o adolescente foi até a delegacia para registrar o desaparecimento. Mas a investigação ganhou novo rumo já na manhã seguinte. Uma perícia na casa identificou manchas de sangue no colchão do casal, vestígios de roupas ensanguentadas e áreas queimadas, numa possível tentativa de destruir evidências.

Ao perceberem um forte odor vindo da cisterna da residência, os policiais iniciaram buscas no local e localizaram os corpos dos pais e do menino de 3 anos. Confrontado com os fatos, o adolescente confessou os assassinatos e foi imediatamente apreendido.

Ele responderá por atos infracionais equivalentes aos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Por ser menor de idade, ele será encaminhado a uma unidade de internação para adolescentes infratores, onde aguardará as decisões da Justiça.

A Polícia Civil segue investigando a origem da arma utilizada no crime, que pertencia ao pai, e se o adolescente já apresentava comportamentos violentos. A motivação apontada, a proibição de uma viagem, torna o crime ainda mais difícil de compreender.